O Mercado Financeiro é cheio de termos e conceitos, algo que pode confundir um pouco o investidor iniciante. Um deles é bastante comum: a volatilidade. E você sabe o que ela representa para um investimento ou qual o impacto que traz para a tomada de decisão de um operador?
É sobre isso que falaremos no artigo de hoje, começando pelo básico: a explicação do que é volatilidade.
O que é volatilidade?
A volatilidade é um termo amplo e que pode ser aplicado em diferentes contextos. Dentro do Mercado Financeiro, ela é usada para refletir a velocidade que um ativo pode ter seu preço variando entre períodos de alta e períodos de baixa.
Repare que, neste aspecto, o problema não é apenas variação de preço em si, mas sim a sua intensidade. Ou seja, entenda que essas oscilações podem acontecer rapidamente, tanto para um lado, quanto para o outro. Por isso, a volatilidade está diretamente associada ao risco de um investimento.
Em outras palavras, ao trabalhar com um ativo volátil, o operador poderá lidar com altos ganhos, assim como fortes perdas. E é preciso estar preparado para ambos os cenários.
Como calcular a volatilidade?
Como agora você já sabe, a volatilidade diz a um Trader qual é o potencial risco de uma operação levando em conta a característica de variação do preço do ativo em questão. Para fazer uma análise correta sobre uma compra (ou venda), o operador precisa trabalhar com cálculo desse indicador.
Existem algumas maneira de trabalhar com a mensuração da volatilidade de um ativo. A principal delas é usar da sua volatilidade histórica. E o que isso quer dizer? Significa avaliar o seu comportamento ao longo do tempo por meio do desvio padrão anualizado. O resultado será um valor percentual.
De maneira objetiva, a interpretação do cálculo é simples. Quanto maior a volatilidade de um ativo, significa que ele apresenta maior distanciamento do seu preço médio. Assim, portanto, ele tem um maior risco, afinal não sabemos quando essa oscilação será positiva ou negativa.
Suponha, por exemplo, que você tenha comprado ações de uma empresa cujo preço médio era de R$100. Se esses títulos adquiridos possuírem baixa volatilidade, eles vão variar próximos ao seu preço médio. Ou seja, podem subir para R$105 ou descer até R$95, mas sem grandes sustos.
No entanto, se o indicador apresentar um índice elevado, os níveis de risco aumentam consideravelmente. Ou seja, essa mesma compra pode ter seu valor despencando para a casa dos R$50 ou subindo para R$150. Lembre-se que essas variações não são apenas maiores, mas acontecem com muito mais frequência também.
Existem ativos sem volatilidade?
Apesar de assustar um pouco aos iniciantes, a volatilidade faz parte do Mercado Financeiro. Isso significa que todos os ativos vão apresentar índices maiores ou menores a esse respeito, algo que reflete também na sua rentabilidade.
Para que você entenda esse conceito, imagine que você resolva sair com o carro para dirigir. Considere, nesse paralelo, que a estrada seja o Mercado Financeiro. Nesse mesmo passeio, você pode lidar com diferentes situações.
É possível, por exemplo, que você dirija em ruas sem aclives ou declives e que o trânsito esteja fluindo. Essa tranquilidade pode ser entendida como segurança e estabilidade. No entanto, com o mesmo carro, você pode ser obrigado a encarar uma grande subida em um dia de tempestade. É mais arriscado, não?
É assim que funciona no mundo dos investimentos. E, como mencionamos, esse risco vai ser refletido na sua rentabilidade. Ativos mais voláteis tendem a apresentar taxas de retornos maiores também. É uma regra comum do segmento: maiores riscos oferecem maiores rentabilidades. Não existe mágica.
A volatilidade é ruim?
Um aspecto importantíssimo que precisamos discutir agora que você já sabe o que é a volatilidade está relacionado com a forma pela qual um Trader deve encará-la. Afinal, ela é boa ou ruim? A resposta depende diretamente de uma série de fatores, mas já podemos adiantar que não existe lado bom ou mau.
O ponto chave que você deve entender é que a volatilidade é uma característica que participa do Mercado Financeiro. Se ela é vista como positiva ou negativa vai depender diretamente do seu perfil de investidor.
Para operadores mais conservadores, por exemplo, a volatilidade pode ser vista como negativa. Isso porque, como já vimos, essa variação de preços pode jogar para baixo e, portanto, gerar prejuízo. Perder dinheiro é algo que incomoda demais esse perfil e essa é a razão dos olhares tortos.
No entanto, para operadores mais arrojados e agressivos, essa mesma volatilidade pode ser sinônimo de rentabilidade ou de oportunidade. Da mesma forma que os riscos são maiores, existe a chance de um bom lucro que não seria possível em ativos mais seguros.
Portanto, não há certo ou errado neste ponto, mas sim aquilo que está de acordo com o perfil de operar de cada pessoa.
Como a volatilidade influencia as operações financeiras?
Já destacamos em alguns pontos ao longo do texto, mas não podemos falar de volatilidade sem concluir o texto fazendo uma análise do seu reflexo nas operações financeiras.
O grande ponto da volatilidade é a sua relação com o risco de um ativo. Quanto maior a sua variação, mais arriscado ele é. Da mesma forma, pode-se esperar uma rentabilidade mais alta em função disso. É algo até natural dentro do Mercado Financeiro.
O que é importante que você entenda é o tipo de análise que ativos voláteis exigem. Não há problema nenhum em comprar ações, moedas ou qualquer outro formato de investimento que sejam de maior risco. No entanto, a sua rentabilidade deve sempre compensar os perigos das perdas.
Se, por exemplo, você tivesse duas taxas de retorno iguais para ativos de volatilidades diferentes, provavelmente o mais estável seria mais atrativo. Isso porque o ganho seria o mesmo, mas sem a necessidade de correr tantos riscos. Na prática, contudo, esse é um cenário praticamente inexistente. Será preciso, na maior parte das vezes, escolher entre segurança e rentabilidade.
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