O brasileiro e a Bolsa de Valores. Por que a parcela da população que investe ainda é baixa?

Enquanto em países como Estados Unidos, cerca de metade da população investe na Bolsa de Valores, o Brasil apresenta um índice muito pequeno de investidores: apenas 1%.

Sim, este número está aumentando a cada ano e deu um grande salto em 2020, mas mesmo assim, vale a reflexão. Por que tão poucos brasileiros têm investimentos na Bolsa?

O perfil do nosso país, quando se trata de finanças, ainda é muito conservador. E muita gente ainda tem muitos medos e dúvidas ao pensar em investir em ações. Para Alexandre Castro, professor da Unitrader, é preciso não se deixar influenciar pelas notícias divulgadas sobre a prática de Day Trade, por exemplo, que parte da mídia gosta de retratar como algo perigoso. “A mídia dramatiza o mercado de renda variável, só dando notícias negativas, o que acaba gerando medo nas pessoas. Quem não tem conhecimento, acha que é algo muito difícil, que é perigoso, que vai perder dinheiro.”

O trader salienta que a falta de informação (além das informações equivocadas) também contribui para que pouca gente invista. Nas escolas e faculdades não há aulas destinadas ao assunto investimento, sequer, administração de dinheiro. “No Brasil, infelizmente, ainda há muita carência de informação sobre investimentos, diferente do que acontece em outros países, como por exemplo, os Estados Unidos. Eles têm muita informação sobre isso, e a criança, mais contato. Aqui no Brasil, temos o costume de colocar dinheiro para nossos filhos em poupança, lá já colocam em ações. Já têm o costume de investir em renda variável com base na cultura”, explica. “Outro ponto é o monopólio da Bolsa de Valores. Aqui temos apenas uma, que é a B3. Nos EUA existem várias bolsas. Com isso, aqui, os investidores acabam sofrendo, ficando sem ter muitas opções de investimento.”

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